quinta-feira, 2 de junho de 2011

Parte 11

Depois de cumprimentar todos os meus parentes lá presentes, eu fui para o quarto da minha tia mais nova, e escrevi a resposta que o Lucas estava esperando.
"Eu não estou fazendo nada, só estou aqui na casa da minha avó, deitada na cama, pensando em você, e morrendo de saudades de ti, volte logo, Amo-ti"
Enquanto esperava uma resposta, fui pensando no tempo em que eu era apenas uma criança e me apaixonei pelo meu melhor amigo, e pensei que ele nunca iria me machucar, quando disse para ele que gostava dele, ele simplesmente disse:
"Você é minha melhor amiga, mas não gosto de você"- ele me olhou com uma cara que jamais irei esquecer, ele olhou com nojo para mim.
Depois disso jurei jamais falar com ele, mas minha mãe era super amiga da mãe dele, e as duas armava encontros para que a gente pudesse ficar juntos, mas não queria me magoar mais ainda. Mesmo assim ia nos encontros tramados por elas, e em um desses encontros, Fred me beijou, boba e sem experiência, deixei ele me beijar, e pensei que a gente ficaria juntos,bem ficamos ate , mas não durou muito, pois 6 meses depois, ele me disse que só tinha ficado comigo por pena, que não sentia nada por mim, e que ele iria embora morar com o pai dele na França. Depois minha vida era só tristeza, só sabia chorar, não comia direito, e não dormia, minhas notas na escola caíram. Meus pais estavam muito preocupados comigo, me mandaram ate em um psicólogo, mas nada adiantou. Nisso comecei a ir no encontro 2 anos depois, onde conheci o Lucas, mas ainda tinha medo, de que ele me magoa se também.
Meu celular tocou eu corri para atender.
"Alô"
"Amor?"-reconheci imediatamente a voz do Lucas.
"Oi, como você esta?"
"Estou bem, mas acho que você não esta, o que aconteceu?"
"Por que você acha que eu não estou bem?"
"Simplesmente, porque eu te conheço e sei quando você não esta bem, pelo jeito que você escreve"-a voz dele era como mágica, tudo o que eu estava pensando, e todo o medo que eu sentia passava, quando eu escutava sua voz.
"Nossa, sou assim tão fácil de se desvendar?"
"Não, deu o que fazer para eu descobrir, mas quando você passa a confiar na pessoa é mais fácil."
"Ah..."- não tinha certeza disso , mas talvez isso seja verdade.
"Mas me diga amor, pois vou entrar no avião daqui a pouco."
"Só estou sentindo falta de você"- tentei parecer convincente, mas acho que não iria engana-lo.
"Sei, mas agora tenho que desligar, vou entrar no avião, mas quando chegar lá quero uma resposta melhor, mocinha"- a voz dele ficou seria.
"Boa viajem, fique com Deus, te amo, beijos"
"Obrigado, amém, você também. Amo você muito mais, beijos, tchau"
"Tchau"- desligamos juntos o celular.
Minha mãe veio me chamar para eu ir para a sala, conversar com eles também, eu fui, quando cheguei lá, quase quis não ter acordado hoje de manhã.

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