domingo, 4 de setembro de 2011

O mundo em um só momento (parte 4)

Resolvi não levar minha mãe, não queria deixa-la preocupada, e ela já iria ter o dia cheio amanhã.
Eu voltei a dormir, estava muito cansada, mas ao fechar os olhos eu os abri para um lugar totalmente diferente, tinha um cheiro estranho, era totalmente branco e vazio. O único som que eu ouvia era o martelar do meu coração, que batia cada vez mais rápido, eu percebi que eu estava correndo, sem saber para onde ir pois tudo era branco sem começo nem fim. Foi quando uma pessoa entrou em meu campo de visão e eu parei rapidamente, e cai, quando levantei, a pessoa estava me olhando com os olhos mais ameaçadores que já vi na vida, mas não tive medo, pois eu confia nele, e sabia que não faria mal para mim. Quando cheguei perto dele vi em suas mãos uma faca que ele ergueu para me matar. Mas eu vi em seus olhos a sinceridade e o amor que ele sentia por mim, fazendo ele largar a faca e cair de joelhos chorando aos meus pés, assim que fui abraça-lo para reconforta-lo minha mãe me chamou.
"Filha você tem que ir para a escola"- eu olhei para ela e senti algo estranho,como se fosse a ultima vez que eu a veria. Então eu a abracei  puxando-a ate a minha cama.
"Mãe, eu te amo, nunca se esqueça disso."- minha voz estava presa na garganta.
"Eu também te amo filha, mas o que é tudo isso?"- ela estranhou minha atitude era obvio.
"Nada é só que eu estava com saudade da senhora."- disse rapidamente.
"Assim, então vamos para a escola?"
"Sim, fazer o que!?"
Ela riu e me ajudou a levantar. Fomos tomar café numa padaria ali perto e ela me levou na escola, não era muito grande, mas eu fiquei com mais medo ainda, sem saber se seria bem recebida.
Fui na secretaria me identificar, a moça da recepção disse a onde iria ser minhas salas. Sai de lá e fui indo na direção que ela disse que seria minha primeira aula, mas meu celular tocou.
"Alô?"- eu disse
"Oi, Gabi, aqui é o Henry, você vai poder ir hoje?"
"Sim, que horas?"
"As 14h, você já vai ter saído da escola né?"
"Acho que sim"- enquanto estava no telefone as pessoas ficavam me encarando.
"Esta bem, até logo."- ele desligou, nesse exato momento eu vi ele, entrando na sala ao lado da minha.